28/09/2013 às 20h44min - Atualizada em 28/09/2013 às 20h44min

Sistema de abastecimento de água de Corrente não tem estrutura suficiente

Município voltará a sofrer com falta de água durante período das chuvas

Portal Corrente

 

O fornecimento de água no município de Corrente ficou totalmente suspenso desde a noite desta quinta-feira (26) e somente foi restabelecida ao final desta sexta-feira (27). De acordo com Claudeci Fernandes dos Santos, chefe da AGESPISA no município, o fornecimento foi suspenso devido à queda de energia ocorrida durante à noite, o que ocasionou a queda  dos fusíveis que mantém o sistema em funcionamento, tendo sido o protocolo de solicitação de reparos efetuado às 21h 30 min à Eletrobrás, sob n° 444431.8. “Enfatizei que se tratava de uma empresa de abastecimento de água, mas fomos atendidos somente às 9h da manhã seguinte, 12 horas depois”, esclareceu Claudeci.

Com a proximidade do período de chuvas, a preocupação da população de Corrente com relação ao abastecimento de água aumenta, pois é certo que o serviço sofrerá sérios prejuízos durante o período. A turbidez da água, somada a limitação da produção da estação de tratamento, deixam a população a mercê da mesma situação todos os anos. “Temos tido algum tipo de investimento, no sentido de modernizar alguns processos do tratamento de água, que farão alguma diferença. Hoje temos inclusive 8 bombas reserva, pois sabemos que inevitavelmente algumas queimarão por causa da instabilidade da energia. Em um ano foram aproximadamente 15 bombas queimadas, pois não há motor que agüente. Antigamente a Eletrobrás era quem bancava o custo deste prejuízo, mas hoje quem paga é a própria AGESPISA, o que acho questionável”, relata Claudeci.

O chefe da agência ainda coloca que a estação de tratamento de água de Corrente, com um tanque de 240 mil litros, foi feita para abastecer inicialmente 2,5 mil ligações e hoje é responsável por 6 mil ligações. “Teríamos que ter no mínimo o dobro da capacidade para darmos conta de fornecer água para todo o município sem prejuízo ao consumidor” afirma.

Com a capacidade de produção limitada, sem qualquer previsão de investimento por parte da AGESPISA para ampliar essa capacidade, somada às oscilações de energia elétrica que se intensificam no período das chuvas, é certo que a população de Corrente voltará a sofrer, como todos os anos, com sistemáticas suspensões do abastecimento de água. No primeiro semestre a vereadora Juliana Rocha até chegou a fomentar a realização de uma audiência pública sobre o assunto, coletando dados inclusive, mas até o momento nada de concreto realizou. 

 


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