28/08/2018 às 07h28min - Atualizada em 28/08/2018 às 07h28min

Reitor Nouga Cardoso concede entrevista e fala sobre contratação de professores para Corrente e pauta de reivindicações da ADCESPI

Viviane Setragni
Portal Corrente
Reitor Nouga Cardoso participou da Celebração Ecumênica de formatura do Curso de Licenciatura em Pedagogia

O reitor da Universidade Estadual do Piauí, Nouga Cardoso, esteve no Campus Deputado Jesualdo Cavalcanti, em Corrente, neste último final de semana participando da formatura do Curso de Licenciatura em Pedagogia. Em entrevista ao Portal Corrente, o reitor falou sobre a contratação de professores para o campus e esclareceu sobre alguns pontos da pauta de reivindicação da ADCESPI.
 
Leia a entrevista:
 
Portal Corrente: A reforma e construção de novo prédio no campus de Corrente é hoje a maior reivindicação dos acadêmicos e servidores. Por que a obra ainda não aconteceu?

Nouga - A UESPI desenvolveu há 1 ano e meio atrás o Plano de Desenvolvimento Institucional, o PDI, que tinha como objetivo identificar as demandas urgentes para a garantia do bom funcionamento da universidade e dos seus cursos superiores. As principais questões abordadas foram a sua estrutura, a questão didática e a infraestrutura relacionada aos recursos humanos. A demanda priorizada foi recursos humanos, uma demanda permanente na instituição e que uma vez investido ela responde melhor a longo prazo. A infraestrutura demanda mais tempo, para construir um campus universitário leva-se no mínimo 2 anos, entre licitação, execução e entrega.
Nós tratamos com o governador que nós precisaríamos realizar o concurso público que, para garantir o funcionamento dos cursos de forma regular e que, segundo a orientação do Conselho Estadual de Educação, nós teríamos que ter no mínimo 5 professores efetivos em cada curso. Então nós fizemos o concurso ainda no ano passado com 197 vagas e que após a finalização e contratação nós teríamos todos os cursos da UESPI funcionando não com 5, mas com 6 professores efetivos. O concurso foi realizado no 1º semestre e concluído, a homologação aconteceu no dia 3 de julho e publicado no Diário Oficial no dia 4 de julho, dentro do prazo legal. Na última foi feito o lançamento do edital de convocação dos professores para assumirem as vagas a partir do dia 1º de outubro.
 

Portal Corrente: Quantos professores serão contratados para Corrente?

Nouga - Para Corrente serão contratados 5 professores para a área de Direito, 2 na área de Zootecnia, 1 professor para a área de Matemática, para trabalhar no curso de Agronomia, 2 professores no curso de Pedagogia e 6 professores para o curso de Biologia. O governo sabe ainda que a demanda pela contratação de professores vai continuar, pois haverá necessidade de reforçar esse time, mas por hora é um bom começo.
 

Portal Corrente: E sobre a reforma do campus?

Nouga - Sobre a condição da infraestrutura, o governo já autorizou também a licitação da construção do prédio aqui em Corrente, lembrando sempre que esse atraso em relação a esse prédio inicialmente foi devido à falta de uma formalização da cessão de uso do imóvel onde nós estamos instalados, e agora, solucionada essa questão, a licitação deve ser realizada nos próximos meses. Em nenhum momento o governador foi contra a reforma do prédio, na verdade a previsão orçamentária para a execução da obra virá do financiamento com a Caixa Econômica e o atraso na liberação do empréstimo para o estado inviabilizou a licitação em tempo hábil, antes do período eleitoral. Lembrando que, para que a licitação possa ser realizada, o recurso tem que estar disponível, conforme determina o Tribunal de Contas, para que não se licite obras que não serão realizadas.
 

Portal Corrente: O senhor considera legítima a pauta de reivindicações da ADCESP?

Nouga - Todo movimento de reivindicação dos pleitos da UESPI, tanto o governo quanto a administração superior entendem como legítimos, mas nós temos que contextualizar no tempo e no espaço se o que está sendo reivindicado é possível de execução agora. Por exemplo, a ADCESP, em reunião deliberou que caso o Governo do Estado não contratasse os professores efetivos, haveria a possibilidade de haver um movimento paredista. Os professores já foram concursados e serão contratados. Agora, fazer greve por uma questão de infraestrutura, de reforma, nesse momento, não é nada factível, porque se demanda tempo para construir um prédio. Então nós gostaríamos de reconhecer a pauta de reivindicação do sindicato e do movimento estudantil, é legítima, mas tem pauta de curto prazo, no caso a contratação de professores, que já está sendo atendida, e tem pauta de longo prazo, em especial a reforma dos campi de Corrente, Uruçuí e Floriano, que será tratada em janeiro com o governador eleito.
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