29/08/2018 às 11h09min - Atualizada em 29/08/2018 às 11h09min

Projeto "Lei Maria da Penha nas Escolas: desconstruindo a violência, construindo diálogos" chega ao município de Corrente

Viviane Setragni
Portal Corrente

O promotor Francisco de Jesus, coordenador do Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID), e a professora Amparo Veloso, representante da Secretaria de Estado da Educação, estiveram no município de Corrente nesta terça-feira (28) , a convite da promotora Gilvânia Alves Viana, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Corrente e em cumprimento ao calendário de implantação do programa “A Lei Maria da Penha nas Escolas: desconstruindo a violência, construindo diálogos”.

Participaram do evento, realizado na Casa da Cultura, diretores, coordenadores e professores das redes de ensino pública e privada de Corrente e municípios circunvizinhos, docentes e acadêmicos da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), policiais militares e sociedade civil. 
 


Em sua fala, o promotor Francisco de Jesus destacou a importância do diálogo com a juventudo, no sentido de desconstruir a cultura de violência contra a mulher. "Precisamos evitar que as discussões que iniciam no âmbito doméstico acabem em feminicídio, porque aí não tem mais o que fazer. Somos uma sociedade machista, patriarcal, sexista e isso é milenar. Somente através de um processo educacional é que nós iremos mudar. Nós temos que ensinar as nossas crianças, a nossa juventude e a sociedade a enfrentar o ciclo de violência, a romper com ele e a denúncia ainda é a melhor maneira", defendeu.

O promotor também falou sobre os vários tipos de violência a que as mulheres são submetidas, não apenas físicas, mas também a violência moral e emocional. "Essa violência também precisa ser denunciada, pois ela destroi o emocional e a autoestima das mulheres e elas se tornam reféns de seus algozes, pois não acreditam que terão capacidade de sustentar sua família e de seguir adiante. Por isso é tão importante o apoio de amigos e familiares nesse momento tão difícil", colocou. Francisco de Jesus foi bastante enfático ao falar sobre a importância da rede de proteção à mulher e que precisa ser amplamente divulgada nas ações a serem realizadas com as crianças. 

 


Estudantes presentes no evento cantaram a música do projeto


Sobre as ações realizadas nas escolas, a professora Amparo Veloso relatou que os alunos tem uma resposta bastante positiva e que os projetos de culminância são muito bons. "Nossos estudantes produzem trabalhos fantásticos, emocionantes, são redações, vídeos, curtas e teatros, alguns deles até vencedores de prêmios. O custo é muito baixo, os recursos estão à mão de todos e os professores podem inserir a temática como um tema transversal em todas as disciplinas", destacou.
 

A promotora Gilvânia Alves Viana destacou os altos índices de violência contra as mulheres na região, motivo pelo qual solicitou a vinda do projeto à Corrente. Ela declarou ainda que periodicamente participa de palestras nas escolas e que se coloca a disposição para fomentar o programa “A Lei Maria da Penha nas Escolas".

Os professores receberam ainda a cartilha Lei Maria da Penha nas Escolas, além de mídias que auxiliarão os professores na implantação do projeto.

Também marcaram presença na capacitação a gerente da 15ª Gerência Regional de Educação, Socorro Amorim, o Major Carlos, representando o 7º Batalhão de Polícia Militar de Corrente, o Delegado Regional Leandro Damasceno.














 


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »