A Câmara acaba de aprovar o nosso Projeto 4968/2019, que institui o Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos em escolas, e que abraçou a nossa proposta de estender pelo SUS a distribuição às mulheres em vulnerabilidade social e situação de rua!
Muitas meninas sofrem em silêncio, e, constrangidas, desistem de ir à escola e de interagir socialmente. Sozinhas, vivem um pesadelo que é só delas. A vulnerabilidade é capaz de provocar danos irreparáveis, e a falta confiança e autoestima, desencadeia uma série de fatores sociais, como a evasão escolar de adolescentes em período menstrual.
São meninas invisíveis. Nos confins do Brasil, há relatos de toda ordem, meninas que improvisam com miolo de pão e jornal velho, num cenário de pobreza sem precedente. É uma questão de humanidade! Ninguém é capaz de mensurar a dor, exceto quem conhece na pele a dor que sente!
Mais de 60% de adolescentes e jovens que menstruam já deixaram de ir à escola ou a um outro local que deveria, por causa da menstruação. O UNICEF relata um dado mais grave: 713 mil meninas vivem sem banheiro ou chuveiro em casa, o que amplia a dificuldade de acesso à higiene.
A questão da pobreza menstrual é uma questão social urgente. Representa o direito à dignidade, na prática!
