25/11/2013 às 01h32min - Atualizada em 25/11/2013 às 01h32min

Paes Landim defende a privatização da Eletrobrás/PI

Em discurso, deputado aborda o péssimo serviço realizado pela empresa no Piauí

Portal Corrente

Em discurso proferido esta semana pelo Deputado Paes Landim (PTB), no Congresso Nacional, o parlamentar levantou questionamentos acerca do péssimo serviço prestado pela empresa no estado do Piauí. 

Os constantes apagões que afetam todo o estado são abordados pelo deputado, que relata inclusive uma situação vivida por uma comerciante de Corrente, que chegou a enviar 50 cartas à empresa, porém sem nunca ter recebido assistência.

Os prejuízos causados são incalculáveis; diariamente empresas, comércios, escolas, repartições públicas e residências são penalizadas pela má qualidade da energia fornecida, prejudicando inclusive o progresso dos municípios e afastando possibilidades de novos investimentos.

O promotor Rômulo Cordão já esclareceu que todos os problemas sofridos pela população deveriam ser denunciados ao Ministério Público, afirmação esta reforçada pela Caravana do Ministério Público, ocorrida no mês de setembro, onde a Ouvidora do Ministério Público do Piauí, Ivaneide Assunção Tavares Rodrigues, afirmou que o MP está disposto a lutar pelos direitos dos cidadãos, porém estes devem dirigir-se à instituição. "Precisamos da denúncia formal do cidadão, para que possamos tomar as medidas cabíveis. Mas a comunidade precisa vir ao MP, seja pessoalmente, seja por carta ou pelo telefone, através do núimero 127", enfatizou a ouvidora.

Confira na íntegra o discurso proferido pelo deputado:

"Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Jornalista Arimatéia Azevedo, do meu Estado, na sua coluna diária chamada Portal AZ, publicada no tradicional jornal O Dia, noticia que o advogado Adelmir Lima de Sousa, da minha queria Parnaíba “está defendendo a prisão do Presidente da ELETROBRÁS Piauí, Marcos Aurélio Madureira. Ele alega que muitas pessoas morreram ou ficaram mutiladas com os choques provocados por fios desencapados da rede elétrica.”

Todos nós sabemos que a antiga CEPISA, empresa de energia do Estado do Piauí, hoje é uma empresa federal controlada pela ELETROBRÁS. Realmente os problemas são os mais diversos possíveis: apagões em Parnaíba, apagões em todo o Estado. Certa feita, uma senhora do Município de Corrente fez 50 correspondências para a ELETROBRÁS reclamando que na sua casa e na sua loja, na hora da defasagem de energia elétrica, os aparelhos queimavam, ocasionando novos prejuízos. A ELETROBRÁS respondida que estava tomando as providências cabíveis. Só que as providências nunca foram tomadas. Então, no extremo sul do Estado do Piauí, a região de Corrente, Cristalândia, como na região da belíssima Paranaíba há constantemente os apagões de energia elétrica, como também há situações cíclicas: a energia chega, a energia vai, ocasionando prejuízos aos consumidores, até porque em determinada cidade do Estado, por exemplo, a partir de 19h, em razão do pique de energia, as pessoas não conseguem assistir ao Jornal Nacional ou outro jornal televisivo, esperando chegar 22h, para que retorne essa atividades de fornecimento de energia na sua plenitude. 
O eminente Ministro Edson Lobão, mostra a maior sensibilidade diante do problema, mas o Ministro de Minas e Energia sempre se baseia nas informações prestadas pelos técnicos da ELETROBRÁS, que não prestam as informações verdadeiras ao Ministro de Minas e Energia. O certo é que o problema é um caos e só vejo uma solução — e sei que essa minha querida, combativa Deputada Kokay não concorda, bem como nosso querido Chico, do velho Partido Comunista do Ceará, esse piauiense valente e corajoso — a solução só se chama uma: privatização. 
Na região do Maranhão, do outro lado do Rio Parnaíba, privatizada há cerca de 10 anos, a CEMAR não tem esse problema. Com energia mais barata, o Maranhão vive em paz consigo próprio em matéria de energia, e o Piauí sofrendo esses problemas sérios.
Então, a culpa não é somente do senhor Madureira. Isso é um problema que vem de governos estaduais que não levaram a sério a política energética.
Chegou um momento, no Piauí, Sr. Presidente, em que tínhamos mais médicos na empresa do que engenheiros. Por aí se vê a politicagem. A ELETROBRAS está herdando um passivo terrível de problemas que ela não consegue solucionar sem mais nem menos.
Talvez só uma visão de mercado é que poderia efetivamente resolver o drama da ELETROBRAS no meu Estado.
De qualquer maneira, quero parabenizar o advogado parnaibano, até porque, se no Brasil tivéssemos o costume dos Estados Unidos de acionar judicialmente o Governo toda vez que ele provoca prejuízos ao cidadão, eu tenho certeza que os órgãos públicos ou já teriam falido ou teriam tomado providências severas para remediar os graves problemas que assolam o setor energético e outros setores em nosso País.
Muito obrigado, Sr. Presidente".


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