08/01/2014 às 01h14min - Atualizada em 08/01/2014 às 01h14min

O candidato vulnerável

Por Arimatéia Azevedo

Portal AZ
Pelo ensaio de ontem exibido pelas televisões, já deu para perceber que até o dia das desincompatibilizações, muitos fatos e factoides ocorrerão, possivelmente, na velocidade dos desmentidos. Todos se unem, hipoteticamente, em torno de uma suposta candidatura do deputado federal Marcelo Castro. E quem espalha que há um ceticismo sobre a incapacidade eleitoral do vice-governador Zé Filho para fazer frente ao petista Wellington Dias, é a própria turma que já puxou o tucano Silvio Mendes para vice do próprio Marcelo Castro.
 
Mas quem garante que Marcelo tem mais capilaridade eleitoral numa disputa majoritária que Zé Filho? Há quem, também duvide da capacidade de Castro em aglutinar o eleitor. Suas eleições para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, em sucessivos mandatos, foram à base do ‘quanto vale’ o colégio eleitoral, principalmente do eleitor do grotão.
 
O mapa de suas votações diz tudo. Se o tom para desbancar a candidatura do petista for aquele supostamente adotado pelo Prefeito Kleber Eulálio, que teria afirmado (e negado) que Wellington já foi tudo, inclusive Governador por oito anos e dono de mais quatro anos de mandato no Senado, o nome de Marcelo, que também acumula uma longa trajetória de cargos e funções, não representaria novidade alguma no cenário político estadual.
 
Acrescentem-se, ainda, as suspeições relacionadas a seu nome, e que dariam pólvora para a oposição em uma eventual campanha. Quando se insinuou como cotado para o Ministério do Turismo em 2011, o Jornal Folha de São Paulo afirmou, em setembro daquele ano, que Marcelo Castro “não resistiria a uma semana de noticiário”.
 
Outras ponderações sobre uma eventual candidatura de Marcelo Castro merecem análise: se ele daria palanque para o presidenciável Eduardo Campos no Estado; se o vice-governador cederia a vaga de candidato e se empenharia na campanha de seu companheiro de partido e, por fim, se o próprio Castro, que no passado preteriu as candidaturas a vice-governador e a senador, teria a coragem necessária de encarar a disputa.
 
Convenhamos, a maior publicização que Marcelo Castro já teve na sua trajetória política foi no cenário da morte da estudante Fernanda Lages em 2011. Ameaçando este jornalista.

 











Promotor Ubiraci Rocha cobrando resultados de exames no caso Fernanda Lages





Caso Fernanda
Os promotores de Justiça Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral devem bater à porta do secretário Robert Rios, da Segurança, por esses dias, para cobrar o resultado da autópsia psicológica de Fernanda Lages, feita por peritos de Brasília, em novembro passado.

O Pato
Os promotores de Justiça também estão querendo saber até onde se estenderam as investigações sobre o assassinato do radialista Pato Donald.
Já se passaram seis meses, diz o promotor Ubiraci.

Ainda não
O secretário Robert Rios, disse ao jornalista, ontem à noite, que até agora não recebeu nada de Brasília, relacionado à autópsia psicológica de Fernanda Lages.

Cara da riqueza
O Ministério Público precisa saber: daquelas figuras presas na operação Grangrena, da Polícia Federal, do escândalo milionário na área da saúde, algumas continuam atuando no mesmo setor e, agora, com mais força.
E como arrotam riqueza nas mesas de bares.

Mistura
Reuniram-se ontem, e deram a devida publicidade Julio César, presidente do PSD e Marcelo Castro, presidente do PMDB. Também, o deputado Edson Ferreira, do PSD.
Mas o que fazia lá o todo sorridente tucano Roncaly, ao lado de Marcelo Castro?

Lá vem!
Silvio Mendes voltou a cena política. E já se dizendo inclusive em condições de ser vice em chapa do PMDB.
Cheio de virtudes, o ex-prefeito precisa saber com quem está andando. É gente que não demora muito será personagem das coberturas policiais.

Convivência
Sílvio Mendes precisa ficar antenado: há um ditado, segundo o qual, na convivência até perna quebrada pega.

Quimera
Na entrevista ao O Dia, Silvio Mendes admite ser vice de Marcelo Castro se: houver um arco de aliança em que possa confiar, um planejamento administrativo que possa mudar os indicadores do Piauí e se os interesses estiverem acima de qualquer projeto pessoal ou político partidário.
Faltaria ele dizer: “é com eles que eu vou?”

Mentira
O Dia da Mentira é em primeiro de abril. Of course.
Mas parece que a negrada da política piauiense antecipou.
E todo dia é dia.

Mais um
José Dias, tio de Wellington, entregou seu cargo na Agespisa, ontem.
Foi ao Palácio de Karnak falar diretamente com o governador Wilson Martins.

 

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